sábado, 19 de maio de 2007

Greve? Ocupação?

Olá!
Olha, aproveitando os comentários do Arnold sobre o Chuck poderia dizer que só ele mesmo para dar jeito nos problemas que a USP está enfrentando: Ocuapção da reitoria e Greve. Estava pensando cá com meus botões qual seria a melhor solução para dar jeito de satisfazer as exigências de melhoria das universidades públicas e como resolver os problemas gerados pelos decretos do governador José Serra. Enfim, pensei em várias coisas como: ocupar o Palácio do Bandeirantes, seqüestrar o Papa Bento XVI em troca da satisfação de algumas exigências, mas... Enfim, nada me parecia sensato, muito menos os métodos atuais como a própria ocupação e a greve. E acabei caindo neste círculo interminável de prós e contras, do que era ou não viável, do que era o certo a se fazer... Não cheguei a nenhuma conclusão e nem sei qual é bem a minha posição dentro disso tudo. E aí imaginei o como é difícil você querer se posicionar sobre alguma questão com total certeza de que a causa é boa e os meios eficazes, ou pelo menos de que o debate será frutífero e atingirá positivamente as pessoas, e, ainda, que tomar uma posição de neutralidade pode ser considerado alienação. Mas será que se posionar as custas da pressão de ser chamado de alienado resolve o problema, ou você só aumenta a massa morta que está no meio do agito porque isso deixa seu currículo "revolucionário" mais interessante? Posso estar errado, mas quando você quer forçar as pessoas por meio do constrangimento a tomar parte de algo (como ocorreu, quando vi alguns alunos com megafones e tal querendo impedir aos alunos de assistirem aula e que participassem com eles da ação de greve e ocupação) você acaba por deteriorar a imagem de um movimento que em sua essência poderia ter boas razões de ser. É difícil simpatizar nessas condições! Mas ao mesmo tempo se tudo tivesse que ocorrer de forma perfeitamente ordenada, talvez não houvesse repercussão alguma das reivindicações e tal... Viu como as coisas se invertem e quando nos damos conta estamos indo de um extremo à outro? Talvez, como naquele filme que fiz "Stallone Cobra" pudesse resolver tudo na base de uns assassinatos, mas os tempos são outros e sou um homem mudado e menos violento! Minhas posições não são tão bem determinadas como antigamente.
Sem mais comentários sobre isso tudo!
Mas talvez se o Chuck Norris fosse lá... quem sabe?

Observação: Só falta você Van Dame!!!!

Ass.: Silvester Stallone

4 comentários:

  1. é... Acho q vou dar um pulinho lá... mas o problema é que, infelizmente, estamos em um movimento estudantil elitizado, onde as reuniões ocorrem quando eu não posso estar presente, pois dependo de busão e tenho que trabalhar no outro dia. Aliás, acho que é muito mais difícil se posicionar quando você conhece o movimento da maneira como eu conheço. Até agora, eu acho que deveríamos apoiar o movimento, pois eu só consigo ver através dele alguma mudança nas estruturas de poder da faculdade. Mas é foda ver alguns querendo, claramente, iniciar sua carreira política.
    E vc, o que estão pensando sobre td iddo?

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  2. bom... achei a pauta q os estudantes estão exigindo, e achei legal passar p/ vcs!!!
    Pauta de Reivindicações dos Estudantes que ocupam a Reitoria da USP

    1. Aumento de verbas para a Educação Pública, os quais foram aprovados pela Assembléia Legislativa e, posteriormente, vetados pelo Governo do Estado de São Paulo (gestão Alckmin/ Lembo e mantida pelo Governo Serra). Que a LDO ( Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2007 reponha os aumentos vetados pelo Executivo.

    2. Revogação de todos os decretos impostos neste ano pelo Governador José Serra acerca da Educação no Estado (como os de nº. 51.460, 51.461, 51.471, 51.636, 51.660), os quais representam um forte retrocesso para a universidade pública na medida em que atacam explicitamente sua autonomia..
    Tais determinações agridem não só em relação à gestão financeira, mas também no que concerne a sua função máxima: o ensino e a pesquisa autônomos, livres de interesses mercadológicos e meramente instrumentais. Institucionalizam a separação do tripé ensino, pesquisa e extensão, dividindo ainda mais a articulação no interior da educação pública, priorizando cursos e pesquisas de cunho operacional, ou seja, orientadas explicitamente por uma lógica mercantil. Separam a Fapesp e o Centro Paula Souza (Fatecs e Etes) das Universidades, antes submetidas à Secretaria de Ciência e Tecnologia, agora seccionadas em Secretaria do Ensino Superior e Secretaria do Desenvolvimento. Por fim, suspendem a contratação autônoma de funcionários e professores, abrindo espaço para o acirramento do processo de terceirização e precarização do trabalho.

    3. A democratização da Universidade: o Conselho Universitário aberto à participação de estudantes, funcionários e professores, com direito à voz e voto. Além da discussão de eleições diretas para Reitor.

    4. Realização de uma audiência pública com a Reitoria onde sejam discutidos os decretos acima citados e seja expressa publicamente sua posição frente a eles. Tal posição deve ser divulgada em jornais e mídias de grande alcance, posto que tais resoluções referem-se diretamente à sociedade brasileira.

    5. Contratação imediata de professores e funcionários, conforme as demandas a serem levantadas pela própria comunidade USP, através de comissões mistas locais (professores, funcionários e estudantes) a cada situação específica.
    Efetivação imediata daqueles contratados em regimes de trabalho precários e/ou terceirizados.

    6. Liberação automática das vagas dos professores que se aposentam ou se desligam da Universidade.

    7. Arquivamento do processo de modificação das regras de cancelamento de matrícula dos estudantes da USP, encaminhado pelo Conselho de Graduação para o Conselho Universitário.

    8. Contratação de professores para atender às demandas advindas do processo de implementação de novas disciplinas de Licenciatura, regulamentadas pelo MEC em 2001 nos cursos da Universidade, em especial na Faculdade de Letras.

    9. Construção de um novo prédio para Letras, FOFITO e das demais faculdades que apresentem necessidades, além da manutenção dos prédios da FFLCH e IME.

    10. Formulação, em conjunto com os estudantes, de um projeto a longo prazo para a moradia estudantil em todos os campi da USP, os quais devem definir desde a estrutura física das moradias até a autonomia dos moradores sobre os espaços que utilizam.
    Nos casos de Ribeirão Preto e São Carlos: solução imediata referente à falta de vagas através da construção de novas moradias, não apenas em formas paliativas como o Auxílio Moradia.
    Em relação ao campus Butantã exigimos:

    I) A construção imediata de três novos blocos de moradia, totalizando 600 vagas, bem como a reforma dos blocos já existentes. Deverá ser garantida dotação orçamentária anual para política de permanência;

    II) Garantia de moradia adequada para todos os estudantes alojados no CEPEUSP e no CRUSP;

    III) Linha regular dos ônibus da cidade (SPtrans) circulando dentro da USP aos sábados, domingos e feriados, sem restrição de entrada destes.
    A não-terceirização dos Circulares da USP e o funcionamento destes ininterruptamente, inclusive aos sábados, domingos e feriados, das 6h às 24h, com intervalo de 30 minutos;

    IV) Alimentação aos sábados (jantar) e domingos (almoço e jantar) nos restaurantes universitários;

    V) Os moradores não deverão ser expulsos da moradia enquanto possuam vínculo com a universidade;

    VI) As colméias do CRUSP terão de ser imediatamente desocupadas, exceto o CINUSP, sendo o controle destas passado aos moradores para a criação de um espaço de vivência e alojamento provisório;

    VII) Proibição de atividades esportivas ao redor das moradias estudantis que causem transtorno aos moradores ou que impeçam o deslocamento normal dos mesmos;

    11. Os estudantes e funcionários devem ter acesso assegurado aos Planos de Meta de todos os cursos e departamentos da USP.

    12. Nenhuma punição – sindicâncias ou demais processos administrativos e repressivos – contra os estudantes em relação à ocupação da Reitoria, a qual se deu devido à ausência do representante legal da Reitoria na audiência pública convocada no anfiteatro da geografia, e pelo impedimento da entrada dos estudantes no prédio em questão para a entrega de sua pauta de reivindicações no dia 03/05/2007.

    13. Exigimos a total autonomia dos espaços ocupados e geridos pelos estudantes, ou seja, a liberdade de manifestação política (panfletagem, colagem de cartazes, etc.) e cultural (festas, festivais, etc.).

    14. Retirada de todos os processos de sindicância administrativos e judiciais movidos ou em andamento contra os estudantes e funcionários da USP.

    15. Lutas por ações afirmativas – mudança radical na concepção de Inclusp para garantir o acesso real de negros e pobres à universidade.

    16. Retirada da polícia do interior do campus.

    17. Reabertura do campus para todos, 24h por dia, tornando o espaço legitimamente público.

    NORRIS, CHICK NORRIS

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  3. É, Chuck, pelo visto as coisas estão diferentes... tô começando a acreditar nessa greve!

    Stallone

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  4. O pior é q eu tb tô... De qq maneira, é dessa maneira q conseguimos td a visibilidade p/ o movimento... Mas falta ampliar o debate p/ a sociedade, pois TODOS (SEM EXCEÇÃO) os meios de comunicação estão deturpando as notícias. Eu já li cada coisa q me deu ânsia!!!

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